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Proposta Vergonhosa Terá Resposta dia 08

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A proposta apresentada pela Eletrobrás, em atendimento à pauta de reivindicações dos trabalhadores, na segunda rodada de negociações, no dia 27 de maio, em Brasília, foi vergonhosa. Não apenas por responder negativamente a quase metade das cláusulas, mas sobretudo por retroceder na questão da reposição das perdas pela inflação do período: a proposta de reajuste da Eletrobrás é de 4,42%, o que significa menos de 80% da inflação do período. Ou seja, não repõe sequer a inflação.
Os eletricitários, que conquistaram nos últimos anos o ganho real, a partir de sua organização e luta históricas, não aceitarão voltar ao tempo dos reajustes abaixo da inflação, que significa acumular perdas ao longo dos anos. Bem como, não devem abrir mão do ganho real que tem como perspectiva a recuperação das perdas do passado e almeja o reconhecimento pelos ex-celentes lucros e resultados alcançados no Grupo em 2008, em função principalmente do trabalho dos eletricitários.
Lembrando: a pauta foi entregue no dia 15 de abril. A primeira rodada nacional foi no dia 05 de maio. A segunda, no dia 27: bastante tempo para apresentar uma proposta decente.
É isso que a tão anunciada Nova Eletrobrás tem a propor aos trabalhadores? Retrocesso? É esse o novo patamar de negociação que a pretendida Petrobrás do Setor Elétrico propõe ao seu "maior patrimônio"?
Os trabalhadores da Eletrosul, bem como a maioria das assembléias realizadas em todo o Bra-sil, já haviam aprovado o indicativo de paralisação para o dia 8 de junho, próxima segunda-feira, em todo país. Os sindicatos do Coletivo Nacional dos Eletricitários, diante do descaso e falta de respeito do Grupo Eletrobrás, reafirmam esta posição e ainda indicam que as assem-bléias aprovem o calendário de mobilização unificado, a fim de demonstrar a força e determi-nação dos trabalhadores em defesa das bandeiras de luta e de avanços nas negociações.
Não esqueça: é o nosso trabalho e luta o que faz a diferença!
Por isso, dia 8 de junho, vamos demonstrar nossa força e união: todos na paralisação!
Calendário de Mobilização
- 08/06 - Paralisação de 24 horas.
- 09/06 - Audiência pública em Brasília, sobre a Nova Eletrobrás.
- 10/06 - Ações institucionais
- 18 e 19/06 - Negociação da Pauta Nacional
- 22 e 23/06 - Paralisação de 48 horas
- 24 a 26/06 - Negociação da pauta específica
- 27/06 - Encontro Nacional dos operadores-ENOP
- 06 a 08/07 - 72 horas de paralisação
Lei Protege Trabalhadores dos Setores Elétrico e de Telecomunicações
Enfim, estamos muito próximo do reconhecimento dos campos eletromagnéticos como agente nocivo para os trabalhadores do setor de energia elétrica e telecomunicações. O Governo Fe-deral sancionou, no dia 05 de maio, a Lei nº 11.934 que estabelece limites à exposição humana a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos.
Em breve, as empresas do setor de energia elétrica terão que obedecer a uma regulamentação própria, que ainda será estabelecida por órgão regulador. Posteriormente, elas terão que a-presentar em seus mapas de riscos ambientais os campos elétricos e magnéticos presentes no ambiente de trabalho. As Cipas terão que incluir em seus PPRA?s (Programas de Prevenção de Riscos Ambientais) a classe de radiações não ionizantes presentes.
Essa medida repercutirá na inclusão de um novo agente nocivo no Perfil Profissiográfico Pre-videnciário, o famoso PPP, do trabalhador e será mais um passo para o reconhecimento de que o setor elétrico é um setor de atividade na economia que pode ser prejudicial à saúde e/ou à integridade física, passo importante para o resgate da aposentadoria especial para a catego-ria.
?Nova Eletrobrás:
Nosso Trabalho e Luta Fazem a Diferença?

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