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Publicada em: 12/06/2023 00:06
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boletim_intersul_025-23_de_12_06_Trabalhadores_querem_transição_energética_justa

” TRABALHADORES QUEREM A TRANSIÇÃO ENERGÉTICA JUSTA”

 

 

REESTATIZAÇÃO DA ELETROBRAS É O CAMINHO

 

Durante a semana de 05 a 09 de junho, os dirigentes sindicais da Intersul e do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) tiveram uma agenda de atividades importantes na luta permanente pela reestatização da Eletrobras, bem como na defesa dos trabalhadores do setor de energia e da sociedade brasileira em geral. No dia 05 de junho, no Rio de Janeiro, o ato em frente a sede da Eletrobras reuniu mais de 400 lideranças, conforme já noticiado no último boletim da Intersul, disponível em www.intersulcanaldigital.org.br

 

Dando sequência às ações em defesa dos trabalhadores e da sociedade, no dia 07 de junho a Coordenação do CNE acompanhou a chamada “Comissão do Carvão”, num encontro do qual participaram o Prefeito e vereadores do município de Candiota, vereadores de Hulha Negra, lideranças sindicais do Mineiros e dos Eletricitários. A comissão foi até o município de Canoas – RS onde foi recebida pelo Senador Paulo Paim. Pelo CNE esteve presente a Coordenadora Cecy Marimon e pela Intersul a dirigente sindical do Senergisul, Maria Cristina. Durante o encontro com o Senador Paim, as lideranças sindicais destacaram a preocupação com o impacto social gerado pelo possível fechamento da fase C na Usina de Candiota.

 

A preocupação é compartilhada por outros setores, pois além da geração de energia, a usina desde sua fundação fomenta também a geração de empregos e desenvolvimento para toda a região que inclui cidades como Bagé, Pedras Altas, Pinheiro Machado, Aceguá, Hulha Negra e seus arredores. Neste sentido, as lideranças sindicais condenaram a determinação da Eletrobras de fechar a unidade de geração em Candiota.  Ainda que a descarbonização seja uma necessidade, não se pode abrir mão de uma transição energética justa, onde não sejam sacrificados os trabalhadores com a perda de seus empregos e nem a sociedade em geral com a destruição de uma atividade econômica ainda viável, visto que há estudos e pesquisas em curso, demonstrando que é possível reduzir drasticamente as emissões de carbono, sem inviabilizar a produção de energia a partir do carvão mineral.

 

É o caso do Projeto de pesquisa do “Syngas”, gás sintético, obtido não pela queima, mas sim pelo aquecimento do carvão, com reflexos na produção de ureia para fertilizantes e produção de metanol. Testes estão sendo desenvolvidos pela Universidade de Bagé-RS. Proteger toda uma cadeia de atividade econômica é possível e necessário e está em perfeita harmonia com a manutenção da geração de energia térmica em Candiota contribuindo para a segurança energética e para uma transição energética justa com benefícios para toda a região e toda a sociedade brasileira.

 

Sobre este tema e a resistência ao fechamento da fase C em Candiota, conforme relato das lideranças sindicais, o Senador Paulo Paim se mostrou sensibilizado e comprometido em participar de uma agenda que está sendo preparada junto à comissão do carvão, incluindo a próxima visita ao Ministério de Minas e Energia na primeira quinzena de julho, para levar a pauta da transição energética justa com apoio de parlamentares especialmente da bancada gaúcha. O momento é propicio, porque a Eletrobras neste período pretende anunciar sua política de carbono zero.




Intersul - Intersindical dos Eletricitários do Sul do Brasil
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